Vox Mundi School of the Voice www.voxmundiprojetct.com
o som, a voz e o canto em suas dimensões estéticas e terapêuticas
Bem Vindo a Ópera Orgânica!
Caminho da Cachoeira
Verdes à margem
flores, aromas.
cheiros da mata
sonidos do andar
Trilhas de gente,
outono na terra,
folhas e folhas
Verde amarelar.
Rosely
O Portal
Arco... arcas... arcadas...
Barcos... balsas...
Portal... portas... portos... partidas...
Transpor o arco
que me leve
ao que não sei de mim...
Transpor o marco
que me revele
a outra parte de mim...
Transpor a porta
que me eleve
muito além de mim...
Transpor a arte
que me faça
esse ser que se reparte
sem perder-se nunca de si...
Angela
VELUDO
Eu tive um cão,
chamava-se veludo!
Magro, asqueroso,revoltante, imundo,
Para dizer numa palavra tudo...
Foi o mais feio cão que houve no mundo..
Recebi-o das mãos de um camarada,
na hora da partida
Não o podia levar, muito menos o abandonar,
mas tinha que partir
Recebi-o asimm, sem o notar
coloquei-o num canto qualquer,
Mas a cada dia seu olhar me cativava,
mas aquela presença sem falar uma palavra sequer
Dormia aos meus pés
A solidão das noites frias, já não me incomodava mais
Os dias foram passando, as tempestades se sucedendo,
Mas, que placidez é essa, meu Deus!,
tenho que partir, viver de verdade, enfrentar as tempestades...
E assim dizendo, abri a porta e sai..
O vento soprava inclemente.
O mar estava escuro,
Desatei as amarras do barco e parti...
Veludo pulou no barco,
As ondas se avolumavam.
agora ele vai morrer
O barco virou,
lutei bastante para chegar a praia
e, percebi, que havia perdido meu colar de ouro
jóia rara, de muitas lembranças, da qual não me desfazia jamais.
Bom, pelo menos Veludo se foi...
Fiquei triste, de repente,,,
Uma lágrima furtiva apareceu...Não conseguia me movver...
Olhando fixamente o horizonte, chuvoso..
vejo se arrastando.uma figura negra, cambaleante, ofegante..
Será Veludo?
Corro ao seu encontro...
Trazia entre seus dentes o meu colar,
Peguei-o ao colo..
Por favor não se vá!!
Nunca mais vou te chamar de feio..
Obrigado por voltar!
Mas seu coração já cansado,
Parou de bater.
Abracei-o muito
NUNCA MAIS VOU TE ESQUECER....
Eleonor
FERNANDO PESSOA
(Lisboa, 13 de junho de 1888 - Lisboa, 30 de novembro de 1935)
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas ese tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrarum oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
(Fernando Pessoa) por Ceres
Humores!
Rumo ao húmus
Profundo
Reúno o mundo
Água, terra, fogo e ar
Que prazer!
Cantar, dançar, amar!
Transo o mundo
Hum...hum...hum...
Márcia Nardelli
CD - QUANDO EU CANTO QUEM CANTA
Trabalho final das alunas do 3o. ano em 2008
TREINAMENTO INTENSIVO
Um curso prático integrando voz, corpo, emoção e mente, baseado na metodologia e práticas do Sistema Vox Mundi de Educação da Voz (The Vox Mundi School of the Voice) dirigido a profissionais e estudantes das áreas de crescimento pessoal, voz, movimento, dança, psicologia, musicoterapia, arte terapia e aos interessados em experimentar diferentes dimensões da voz, nutrindo-se do nectar devocional da música.
PRÁTICA SEMANAL TODA TERÇA FEIRA DE 19H30 ÀS 21H
PROGRAMA
- Som, Voz e Consciência: introdução ao conceito de Yoga da Voz (Sistema Vox Mundi);
- Fisiologia da Voz: Relação dos elementos musicais com os sistemas orgânicos;
- A Voz Contemplativa: Meditação Vocal, Mantras e Sílabas-Raízes de poder;
- A Voz Extática; o canto dos harmônicos, freqüências vibratórias da voz, do corpo e da mente;
- A Vox Xamânica: encantamentos e cânticos das tradições indígena e afro-brasileira tratados como terapêutica;
- A Voz Expressiva: As Vozes da Voz - personagens vocais; a dimensão artística da voz;
- Afinação da voz e da mente: cantando as escalas indianas;
- A arte da melodia; iniciação ao estudo das ragas e aos conceitos de rasa na arte vocal indiana;
- Improvisação e composição;
OBJETIVOS DO TRABALHO
- Experimentar abertura completa da voz;
- Tornar livre o fluxo da energia e harmonizar o ser através da liberação de áreas bloqueadas da voz;
- Explorar a vitalidade e o poder das vocalizações e dos cantos sagrados como uma modalidade de transformação pessoal;
- Aprender técnicas inovadoras, bem como yogas sonoros tradicionais e modalidades de cura multi-culturais;
- Revitalização da voz, do canto e da criatividade;
- Vivenciar e receber um conjunto de conhecimentos sistematizados capazes de ampliar a relação da voz com práticas terapêuticas, artísticas e educacionais, bem como contribuir nos processos de crescimento pessoal;
Professores
Silvia Nakkach* - Premiada compositora, psicóloga, cantora e autora; especialista internacional no treinamento de terapias musicais interculturais; pioneira no campo do som e transformação da consciência. Estuda música clássica da India com o legendário maestro Ali Akbar Khan desde 1982, sem interrupção, e seu interesse na cosmologia da música indígena e na espiritualidade a levaram a trabalhar com renomados místicos e professores de diversas tradições. É criadora e consultora acadêmica do programa Sound, Voice and Music Healing do The California Institute of Integral Studies, de San Francisco, Ca. e é diretora e fundadora do Vox Mundi School of Sound and the Voice.
Alba Lírio ** - Atua nas áreas de comunicação, música e dança, como educadora, cantora, jornalista e escritora. Dirige no Brasil a Vox Mundi School of the Voice, dá cursos no país e no exterior para profissionais das áreas de saúde, educação, teatro e música, e facilita o curso intensivo Yoga da Voz/ Canto Essencial em Brasília desde 2004. Possui cd’s gravados e livros sobre tradições sagradas e música brasileira.
Ana Borges – Formada em Artes Cênicas, cantora, atriz, com especialização em Arteterapia e pós graduação em psicologia Junguiana, atuando também na área de meio ambiente. É praticante avançada, coordenadora e professora assistente dos cursos e grupos de Yoga da Voz (Sistema Vox Mundi) em Brasília, desde 2004.
CANTAR PODE SER ESSENCIAL O QUE NOS INSPIRA, LIBERA-NOS, ALEGRA-NOS E NOS DÁ VIDA Por Alba Lirio
Depois de vivida a saga de cada dia e diante de tantos mistérios, só resta ao homem cantar e dar voz às emoções que lhe vêm da alma. Pois foi cantando para implorar, lamentar, agradecer ou celebrar que por muitos séculos caminhou a humanidade e assim parece que continuará caminhando. Mas no ponto em que está, talvez seja necessário promover um reencontro com a sua alma. Nada melhor do que cantar para isso! Uma pouco de vã filosofia somente para lembrar ao leitor que cantar está na essência do homem, tanto quanto dançar e amar. E devemos cantar, se quisermos ter saúde, uma mente arejada, experimentar o amor e alguma alegria.
Estamos, porém, tão impregnados de idéias malucas sobre o que é cantar, sobre estilos, gêneros, timbres, afinações, etc, etc., sejamos cantores ou não, que chegamos a aprisionar, inibir, ou até mesmo a banir do nosso sistema, uma função que nos é tão natural e ao mesmo tempo exclusiva a poucos eleitos dentre os seres da criação: a de cantar, pelo simples prazer de cantar!
Assim como o fazem os pássaros, as baleias, as crianças, os loucos e grandes cantores que emocionam platéias às vezes nem tão grandes, mas igualmente sensíveis. Buscar a fonte de inspiração pode ser um bom começo para quem ouviu o canto da sereia e quer seguir cantando também. Alguns instantes de silêncio e escuta atenta serão importantes na preparação para essa longa e maravilhosa viagem musical através do canto; costumam trazer “dicas sonoras”, provenientes dos ruídos nossos de cada dia, por exemplo, uma sirene, um apito, um miado, um latido, etc. Os mais sortudos chegam a perceber o som das folhas secas varridas pelo vento, ou o timbre aveludado de um violoncelo ao longe. Às vezes é o ritmo que nos arrebata: sons repetidos entre determinados espaços de tempo, capazes de dar um sentido auditivo até ao incômodo bate-estaca. No profundo silêncio, podemos com atenção ouvir o som do coração e da corrente sanguínea dentro dessa excepcional caixa de ressonância, seus condutos e seus mistérios, que somos todos nós. Romper o silêncio após alguns instantes é um impulso natural: soar é preciso, para não implodir. Esta fonte tão primordial de inspiração que é a nossa própria existência orgânica nos dá o tom, se confiarmos em sua força. Soaremos graves e fortes, mesmo quando liberamos o cansaço, a dor, a raiva ou a garra. E estaremos irmanados com a terra e seus significados, fonte de inspiração para os povos indígenas de todos os cantos do mundo. Ou podemos soar tão agudos quando as torres dos mosteiros medievais, de onde emanavam vozes como a da abadessa Hildegard von Bigen.
A inspiração que vem do corpo
Num mundo cada vez mais cheio de opções, o ideal é deixar o corpo falar. Para o aspirante ao prazer do canto, vale pedir auxílio aos ombros e aos quadris. Eles costumam ajudar a voz a sair da terra e a subir até a fonte da sensualidade e das emoções, que reside pouco abaixo do umbigo. Dali costumam brotar invocações, chamadas, gritos e sussurros, envoltos em vogais mais abertas ou mais fechadas, ou contidos em fonemas ancestrais carregados de força e significados ocultos que, se bem escutados e repetidos, ganham forma de música e são encontrados na raiz dos cânticos sagrados de diferentes culturas, nos mantras ou nos pontos de candomblé. E quem diria que estamos apenas entrando no mundo da musicalidade.
Tão mais naturalmente quanto mais nos permitirmos abrir para o potencial que nos acompanha desde sempre. A essas alturas já percebemos quais partes nossas andavam caladas e, que dirá, esquecidas pelo que entendemos como a arte do canto. E, então, nos perguntamos: como pudemos viver sem essa experiência essencial por tanto tempo? Vamos descobrir que há povos, tradições, culturas, grupos, pelo mundo afora que preservam seus cânticos até hoje, alguns dos quais já identificados, pesquisados, gravados e difundidos para que se tornem fontes de inspiração para outros. É tão rica essa dimensão que poderíamos passar uma vida inteira, ou várias, só dedicados a pesquisar as sonoridades dos índios, dos tibetanos e indianos, dos africanos e outros tantos. Aqui vale lembrar que antes da produção musical desses povos, há a natureza, eterna fonte de inspiração dos inocentes, dos homens de fé, dos poetas e dos artistas, e de quem quer que de alguma forma vislumbre a inter-relação, a sinergia e a união de tudo o que é manifesto. Só para as águas do mar, Caymmi dedicou metade da sua musicografia.
Outras fontes, novas possibilidades.
Mais livres, leves e alegres continuamos a viagem lembrando então da nossa história musical. O que ouvimos quando pequenos? Os sentimentos contidos nas singelas melodias das canções de ninar ou das cantigas de roda das meninas, nos cantos de “guerra” das brincadeiras de meninos são marcantes o bastante para nos acompanhar vida afora e passíveis de serem acessados a qualquer momento. Basta parar e lembrar. Não faltam também registros desse repertório para nos avivar a memória. Pensar que talvez nunca cheguemos a cantar como nossos ídolos – que normalmente são da estatura de uma Elis Regina, uma Ella Fitzgerald, Caetano, Sinatra, ou mesmo Callas e Pavarotti – não deve excluir o fato de que esses predestinados à fama podem nos inspirar a soltar a voz, incorporar o personagem e recriar a canção à nossa moda. Com um pouco mais de ousadia e dando asas à imaginação, busque as outras artes. Ouça que música lhe traz a pintura, a poesia, a dança ou a fotografia. Improvise, crie, brinque! Há platéias e mais platéias em todo o mundo pagando para satisfazer-se com a grande satisfação dos artistas. Mais leves ainda, confiantes e com o entusiasmo da criança diante do presente novo, chegamos ao portal da musicalidade, prontos para atravessá-lo com os recursos que escolhemos ao longo da viagem preparatória. Já do outro lado (o da música, naturalmente), percebemos que tudo está contido neste rico universo, onde somos livres para transitar, onde encontramos as vozes da voz e nos encanto com elas. E onde também, teremos o privilégio de reencontrar a nossa alma. Pelo menos a nossa alma de poetas. Se desejar seguir viagem pelo mundo da música vocal não faltarão métodos, escolas, espaços, parceiros e instrumentos. Algum deles oferecerá aquilo que estávamos buscando. Portanto, parafraseando o sábio ditado, segundo o qual quando o discípulo está pronto o mestre aparece, quando o cantor está pronto, a música também aparece.
A ESCOLA DA VOZ
A Escola da Voz é um programa de treinamento inovador, desenhado pela Vox Mundi Project. Os cursos oferecem um processo de estudo, exploração e relacionamento com a voz como um instrumento para:
– fazer música – despertar a criatividade individual – liberar a expressão – aprimorar a musicalidade – focar e relaxar a mente – desenvolver a confiança individual e em grupos – transformar sentimentos indesejáveis e doenças físicas
A abordagem é integral, transcultural e sistemática. O treinamento, prioritariamente vivencial, oferece uma integração precisa das técnicas orientais e ocidentais do canto como arte terapêutica. Através dos programas Vox Mundi, únicos no gênero, por mais de 20 anos, cantores, musicoterapeutas, professores e estudantes aprenderam técnicas de aplicar as artes vocais ao seu trabalho.
O MÉTODO desenvolvimento vocal, treinamento da mente e estratégias de saúde são integradas. Para isso, uma vasta gama de técnicas vocais de diferentes culturas é explorada através da prática de formas indígenas e clássicas de culturas tão diversas quanto a européia, a tibetana, a brasileira (especialmente indígena), da África e da India.Os programas abrangem diferentes temáticas, tais como:
• As bases somáticas do desenvolvimento da voz; • Aspectos acústicos e espirituais da produção do tom; • Respiração, alcance e afirmação. Relaxamento e reflexibilidade da voz; • Diagnóstico de problemas com a voz. Ferramentas para liberar áreas bloqueadas; • Cantar com um pedal. Ornamentos vocais e canto dos hormônios; • Canto de modos, raga e rasa, e linguagem dos tambores; • Música vocal do mundo e improvisação; • Poesia Sonora. Escrita musical; • Canto e Visualização guiada; • Chanting, meditações vocais e sons de cura ancestrais; • Cantos indígenas de diversas partes do mundo; • Técnicas vocais da música contemporânea; • Habilidades instrumentais básicas para acompanhamento da voz; • Foco, treinamento da mente e estratégias de escuta; • Musicoterapia e técnicas de cura através do som na clínica; • Combinando terapia vocal e necessidades clínicas • Bibliografia e discografia customizadas.
OS RESULTADOS
• A voz é liberada e pode alcançar o refinamento desejado. • Estudantes descobrem qual cultura musical lhes abre as portas para revitalizar seu trabalho e enriquecer sua vida. • A imaginação musical é nutrida e um sentimento de confiança artística surge. No caso de participantes que sejam professores de canto ou musicoterapeutas, os resultados são percebidos na habilidade com que irão aplicar as tecnologias vocais transculturais facilitando o trabalho transformativo com eles próprios e com seus seus clientes.
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